segunda-feira, 23 de abril de 2007

Os Simpsons completam 20 anos

Foram apenas algumas vinhetas de 30 segundos de duração estreladas por eles na série de TV The Tracey Ullman Show, nos Estados Unidos, a partir do dia 19 de abril de 1987, mas suficientes para que os Simpsons ganhassem a simpatia do público e, dois anos depois, estreassem um especial solo e, em 1990, seu próprio seriado, dessa vez com meia hora dos mais puros nonsense e críticas ácidas à sociedade americana - e mais ainda a uma certa instituição chamada família.

De lá para cá, são quase 400 episódios exibidos até hoje em vários países, um iminente longa-metragem para o cinema, diversos prêmios e uma versão para as revistas em quadrinhos que continua a trajetória de sucesso da TV.

Centrado no dia-a-dia de Homer, o pai lerdo, preguiçoso, comilão, incapaz e, resumindo tudo, inútil; Margie, a mãe Homeresquisita, mas sábia e equilibrada; os filhos Bart (malandro e traquina), Lisa (astuta e sagaz) e a bebê Maggie; além de em muitos outros de uma vasta galeria de personagens secundários e não menos marcantes, Os Simpsons foi apontado em algumas pesquisas nos Estados Unidos como a melhor série de desenhos animados na história dessa arte.

Em uma dessas pesquisas, realizada pela revista Time, o irrequieto garoto Bart Simpson figurou entre as 20 personalidades mais influentes da década de 1990, à frente de muitos nomes da vida real.

Mas esse é apenas um entre tantos outros fatos que, nestes 20 anos de existência da família menos exemplar do mundo pop, virou notícia mundo afora. A maioria desses destaques é fruto das polêmicas comumente geradas em cada aventura televisiva dos Simpsons, sempre Bartàs voltas com alfinetadas ao modo de vida norte-americano, ao governo dos Estados Unidos, às convenções estabelecidas, às religiões e tudo mais que possa despertar a ira dos mais conservadores e uma crise de risos nos que amam vê-los desdenhar do que é chato ou complicado de entender.

Até o Brasil já virou alvo das piadas infames dessa família maluca, quando foi retratado no episódio O Feitiço de Lisa (13ª temporada, 2002) como um país onde onças andavam à solta pelas ruas e as pessoas só pensavam em sexo, além de outras particularidades que levaram autoridades brasileiras a se manifestarem publicamente com arroubos patrióticos. Apesar da celeuma, o seriado não perdeu seus fãs e continua sendo exibido por aqui na TV Globo.

E assim caminham os Simpsons, com as baterias do humor e das críticas tão carregadas que ainda seguirão em frente por muito mais décadas, mostrando o que há de ridículo e engraçado na difícil tarefa de levar o mundo a sério.

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